UFC 160 terá Glover Teixeira x Ryan Bader e Donald Cerrone x KJ Noons

O card do UFC 160 ganhou mais duas boas lutas na madrugada desta quarta-feira: o meio-pesado brasileiro Glover Teixeira vai enfrentar o americano Ryan Bader, conforme anunciado oficialmente pela organização, e Donald Cerrone vai dar as boas-vindas ao recém-migrado do Strikeforce KJ Noons em um duelo peso-leve, de acordo com informações do programa "UFC Tonight". O evento será realizado no dia 25 de maio, no MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas. Os dois combates principais já haviam sido anunciados: Cain Velásquez x Antônio Pezão, e Junior Cigano x Alistair Overeem.

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Glover, de 33 anos, tem um cartel de 20 vitórias e duas derrotas e vem de 18 triunfos consecutivos, os três últimos no UFC - sobre Kyle Kingsbury, Fábio Maldonado e Rampage Jackson. Já Bader, de 29 anos e campeão da oitava temporada do TUF americano, tem 15 vitórias e três derrotas na carreira e vem de uma finalização em apenas 50 segundos contra Vladimir Matyushenko. Na luta anterior, ele havia sido nocauteado pelo brasileiro Lyoto Machida.

No outro duelo, Cerrone, de 29 anos, tem 19 vitórias, cinco derrotas e um "no contest" (luta sem resultado). Ele vem de um revés por nocaute técnico para Anthony Pettis. KJ Noons, de 30 anos, por sua vez, tem um cartel de 11 triunfos e seis derrotas e vem de dois resultados negativos no Strikeforce, contra Josh Thomsom e Ryan Couture.

UFC 160

25 de maio de 2013, em Las Vegas

CARD DO EVENTO (até agora):

Cain Velásquez x Antônio Pezão

Junior Cigano x Alistair Overeem

Glover Teixeira x Ryan Bader

Donald Cerrone x KJ Noons

Amir Sadollah x Stephen Thompson

Renan Barão: kata-gatame era parte do plano contra Michael McDonald

O brasileiro Renan Barão defendeu o cinturão interino dos pesos-galos do UFC no último sábado, ao derrotar o americano Michael McDonald em Londres com uma finalização por kata-gatame no quarto round. O lutador potiguar garantiu que a posição era parte da estratégia para o combate e contou que treinou extensamente o jiu-jítsu em sua preparação, ciente que o jogo de chão era um trunfo a seu favor no confronto.

- A gente fez um excelente trabalho, trabalhamos muito o jiu-jítsu. Na academia, eu estava fazendo muito kata-gatame e triângulo de mão. Tinha na cabeça que ele cairia numa dessas posições. Ele estava dizendo que estava respirando, mas estrangulamento não é como chave de braço, você tem que ter paciência e ajustar. Fui apertando até ele dar uma roncada (risos), aí fui dando pressão, dando pressão, e ele acabou batendo - lembrou Barão, em entrevista ao programa de rádio "Mundo da Luta".

O campeão interino admitiu que entrou um pouco frio, devido à baixa temperatura em Londres, e que só começou a se sentir confortável na luta no final do segundo round. Entretanto, ele negou que um gancho de direita de McDonald, no meio do mesmo período, o tenha colocado em perigo.

- Pegou aquele soco ali, mas eu nem senti tanto, estava bem preparado. O treino foi show de bola, se tivesse que lutar seis, sete rounds ali, eu lutaria. Tentei agarrar ele no começo, acertar umas pancadas boas e botar para baixo, e deu tudo certo. Eu queria ter soltado mais o jogo, mas vi que o McDonald é um cara bem perigoso e então segui a estratégia. Na próxima, espero soltar o boxe e o muay thai - afirmou

O kata-gatame rendeu a Renan Barão um prêmio de US$ 50 mil (cerca de R$ 98 mil) pela Finalização da Noite. O potiguar prometeu investir o dinheiro na sua família e descartou gastar muito em turismo na Inglaterra.

- Essa grana aí, não sei nem o que vou fazer ainda, mas é sempre para ajudar minha família, quero botar minha família no melhor lugar. Vou fazer alguma coisa para minha mãe e para os meus avós e depois vejo o que vou fazer. Dei uma voltinha hoje aí, volto na quarta, mas está muito frio, não gosto disso não, é frio demais! (risos) - disse Renan Barão.

Dana White: UFC se ofereceu a pagar Cris Cyborg para lutar no Invicta

Após o UFC: Barão x McDonald do último sábado, o presidente do Ultimate, Dana White, revelou que, antes de demitir a brasileira Cris Cyborg, havia proposto à sua equipe um contrato que a permitiria lutar em sua categoria original, peso-pena (até 65,8kg), pelo Invicta FC. O Ultimate pagaria as contas, e a manteria em seu plantel, na esperança de montar uma superluta contra Ronda Rousey, campeã dos pesos-galos femininos do UFC.

Por isso, o dirigente se mostrou incrédulo ao comentar a assinatura de Cyborg com o Invicta FC, dias depois de sua demissão.

- Ela estaria sob um contrato com o UFC, com todas os benefícios de ser um lutador do UFC, e lutaria no Invicta. Em vez de fazer isso, eles escolheram não fazer isso e assinar com o Invicta! Se você consegue criar lógica de toda essa situação, você é um homem melhor que eu - disse White, sarcasticamente.

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Na última semana, o dirigente anunciou o corte de Cyborg e a chamou de "irrelevante". Tito Ortiz, atual empresário da lutadora, citou essa declaração ao explicar os motivos de ter recusado essa oferta do UFC e, mesmo assim, ter assinado com o Invicta.

- Sim, o UFC ofereceu um contrato de oito lutas que permitiria a Cris Cyborg lutar nos 65,8kg no Invicta, deixando uma luta contra Ronda em aberto. Porém, por que permitiríamos que nossa cliente se comprometesse a um acordo tão longo sem nenhum plano ou compromisso real de lutar no UFC, e por que entraríamos num acordo com uma organização que a classifica como irrelevante? Nós pedimos por sua liberação e assinamos um acordo de três lutas com o Invicta, a principal organização de MMA feminino, que tem flexibilidade para ela ainda lutar no UFC. Agora, uma vez que Cris Cyborg conquiste o título dos 65,8kg, talvez Dana White tenha um pouco mais de respeito por Cyborg e a valorize como contraparte em qualquer superluta no MMA feminino - escreveu Ortiz através do Twitter de sua agência, PrimeTime 360.